A história da Sega - Escrito pela IGN - Parte 1/10

Nunca haverá uma outra SEGA. Quando seu reino como First Party terminou, e o mal nome carrega o prestigio que teve uma vez, a indústria dos jogos tem um débito profundo com a gigante. Uma inovadora e criativa central elétrica sem rivais, era talvez a GRANDE única colaboradora para a indústria dos jogos.

Quando a sua rival, Nintendo, mostra uma habilidade impar para mostrar seu punhado pequeno de séries de sucesso, a SEGA mostrou franquias brilhantes, uma após outra, com tal frequência que conseguiam fazer isso sem esforço. Suas melhores séries pareciam descartáveis, pois eles sabiam que a proxima seria apenas boa. Todos através do mundo, de Tokyo, até San Francisco, a Lyon, seus estúdios sempre apostavam no jogo, tomavam sempre possibilidades, e para seus fãs, eram sempre vencedores.Infelizmente, a SEGA nunca obteve muitas vitórias na area de hardware, sua história é contada com erros, uns você provavelmente sabe bem, outros você nunca ouviu falar, mas todas são devastadoras. Seu tempo no topo foi breve, durando apenas alguns anos antes de tudo vir abaixo.
Quando a SEGA se aposentou dos negócios de hardware, parecia que a originalidade e a criatividade tinha perdido uma batalha contra as grandes marcas. A maneira da SEGA fazer negócio não ia bem, mesmo ela se esforçando como uma Third Party.

A estrela da SEGA apagou-se, algumas coisas foram rapidas como um lava-jato na sua história, para atuar como se seu sucesso estivesse acabando e seus erros eram inevitáveis. Isso é natural, todos os vencedores escrevem um livro da sua história, porém isso não aconteceu dessa maneira.
Esta é a história da SEGA, o lado bom, o mau e as possibilidades do que poderia ter sido.


Service Games

A breve história da SEGA tem muitas distorções, nas quais nós saberiamos mais tarde. Sua história vem acompanhada de um relacionamento entre o Japão e as Américas. Seguido da Segunda Guerra Mundial, o Japão era uma nação derrotada, a perda da indústria e de vida humana tinha deixado o país devastado economicamente, e embora os Estados Unidos estivessem lá para ajuda-lo, a recuperação do Japão viria ao longo do tempo.
Os fundadores da SEGA vinheram da América, e por varias razões, seus caminhos os direcionavam para o Japão.

Marty Bromley fundou a Standard Games em 1940, para fornecer divertimento aos militares no Hawaii. Ele estava no Hawaii quando Pearl Harbor foi bombardeado por japonêses, fazendo manutenção nas máquinas de jogos, mas ele nunca sentiu um sentimento ruim sobre os japôneses, assim como outros países também não sentiram. Em 1952, quando os Estados Unidos começou a importar as máquinas de jogos para outros países, o mercado japonês começou a emergir, como uma oportunidade. Ele comprou as máquinas de jogos do governo, montou uma companhia para exportar para o Japão e a chamou de Service Games.


Nesse tempo, um homem chamado David Rosen, estava indo mal nos seus negócios, ele era um Nova Iorquino, mas ele estava no Japão durante a Guerra da Korea. Seus sentidos afiados para négocios e uma determinação incansável serviria para guiar sua companhia, a Rosen Enterprises, por mais 45 anos. Quando estava na força aérea, ele viu uma nação trabalhar arduamente para se reconstruir, sendo uma grande oportunidade para investir em negócios e em pessoas. Seus negocios começaram a prosperar quando ele exportou quadros pintados por artistas japonêses, a "preço de banana" para a América. Depois disso, abriu uma galeria de fotos para servir de identificação para as pessoas, para viagens ou trabalho. Como no exercito dos Estados Unidos trouxe mais dinheiro para o Japão, ele decidiu que, finalmente, era hora de se divertir, e começou a exportar Arcades.
A indústria de Arcades nos Estados Unidos estava cedendo, fora de alcance do crescente mercado de Pinball. Os Arcades eram vistos como lugares para crianças, lugares chatos, mas isso mudaria algumas décadas mais tarde. O negócio de Arcade prosperou no Japão, se tornou um legado que a SEGA carrega ainda hoje. Durante toda a história da companhia, os Arcades foi quem sustentou a SEGA, mantendo ela em pé, mesmo quando os negoços com consoles estavam indo de mal a pior.

Em 1964, os caminhos das duas empresas se cruzaram. A Rosen Enterprises e a Service Games se fundiram, tendo como resultado a SEGA Enterprises Ltd.
As duas companhias seguiam a mesma lógica, uma mistura atraente entre a cultura Oriental e Ocidental eram como um apoio para os negócios. Foram bem sucedidas as negociações com a sua concorrente, a Taito, mas quem poderia imaginar o quão enorme ela iria se tornar?
A Service Games seria o "pai" dessa fusão, mas quem acabou assumindo o controle foi Rosen, que permaneceu como CEO da SEGA até 1996.

Em 1966, eles começaram a fazer maquinas de Arcades originais, não mais só exportavam. O primeiro Arcade foi um jogo de tiro de submarinos chamado Periscope. A grande maquina tinha quase dez pés de altura e seis pés de largura e custo duas vezes mais o das outras máquinas, mas o publico era grande e os proprietarios concordavam que valia a pena ter um. O Periscope obteve tanto sucesso que a SEGA começou a exportalo para a América, estabelecendo-se como uma companhia internacional de base japonêsa. Algum tempo depois, a SEGA foi vendida para a Gulf + Western, mas quem permaneceu no comando foi a Rosen.

Os anos 70 foi considerado a época de "Reinvenção dos Arcades", a indústria de video-games não ia demorar muito tempo para alcançar a de jogos eletrônicos e de Pinball. Logo depois, os
microprocessadores começaram a tomar o lugar dos jogos de lógica(Tabuleiro, etc). Quando a Taito lançou Space Invaders, em 1978, a demanda foi tão grande, o jogo foi tão famoso, que
houve uma "falta" de moeda no japão.


Para se manter no ritimo crescente do mercado de jogos, a SEGA comprou a Gremlin Industries, para que ela desenvolvesse um novo microprocessador para um de seus Arcades. Pouco tempo depois dessa união, a SEGA lançou o Head On, o primeiro jogo baseado em uma perseguição dentro de um labirinto, alguns anos depois esse gênero foi popularizado com a chegada de Pac-Man.
Durante esse mesmo tempo, a SEGA comprou uma companhia de distribuição, liderada por Hayao Nakayama(foto). Ele foi nomeado o vice-presidente da area de distribuição da SEGA, começando sua carreira longa e importante, como parte fundamental para a história da SEGA.

A companhia começou a expandir-se rapidamente, produzindo jogos cada vez mais e mais elaborados e contratar mais desenvolvedores, que ajudaram a definir criativamente a companhia. Os gráficos dos jogos da SEGA começaram a se destacar por serem os primeiros a usar uma graficos isonometricos, o primeiro passo para os jogos em 3 Dimensões. Turbo foi o primeiro jogo a usar sprites com o máximo de cores, Zaxxon usava visão isonometrica lateral e jogabilidade em 3D e Buck Rogers: Planet of Zoom tinha detalhados sprites e uma rapida pespectiva 3D no jogo. A SEGA tinha se transformado em uma lider no mercado de Arcades.


A indústria dos jogos estava crescendo, e a SEGA junto com ela, porém uma tempestade estava para atingir a indústria, e David Rosen sabia disso antes que o resto do mundo tivesse disposto a infrentar. Ele sugeriu uma reforma nos Arcades, começando a permitir que conversões pudessem ser feitas, para fazer baixar os preços. Esta idéia ajudaria mais tarde a indústria de Arcade a começar sua segunda vida. O pesadelo de Rosen estava acontecendo, e quando a Atari estava indo de mal a pior, em 1983, muitos perderam a confiança na indústria.
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Texto escrito pela IGN, imagens também pela IGN.
Tradução feita por mim(Italo Tabosa)

Fonte: http://retro.ign.com/articles/974/974695p1.html?_cmpid=ign40

A história da SEGA, escrita pela IGN, está dividida em 11 partes, então eu espero que vocês tenham paciência.


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